Quem Somos
O Movimento Apaeano é uma organização social com 65 anos de muita história e superação na atuação da defesa e garantia dos direitos da pessoa com deficiência. Iniciado em 1954 pela Sra. Beatrice Benis, mãe de uma pessoa com Síndrome de Down, junto com um grupo de pais, amigos, professores e profissionais fundou uma entidade com o objetivo de ajudar as pessoas com deficiência na cidade do Rio de Janeiro.
Com o passar do tempo o movimento estruturou-se a todo o território brasileiro com a instituição da Federação Nacional das APAEs em 1962, conquistando vários direitos e proporcionou várias ações em prol dos direitos da pessoa com deficiência consolidando-se como o maior movimento filantrópico do Brasil.
No Maranhão, o Movimento Apaeano iniciou no dia 10 de março de 1971 onde reuniram-se expressivas personalidades da sociedade local, havendo então dada por fundada a primeira APAE do Estado com foro na cidade de São Luís e posteriormente deu-se o andamento do processo de legalização da instituição.
A fundação da APAE de São Luis perpassa como marco e a iniciativa do projeto diante da carência no estado, os precursores do Movimento Apaeano, Sr. Professor Expedito Alves de Melo (in memorian), Sra. Antonia Zeile Lima de Melo e de um grupo de pais de pessoas com deficiência intelectual, estigmatizados como incapazes e chamados excepcionais (nomenclatura utilizada à época) que não tinham acesso a atendimentos público ou privado que satisfizessem suas necessidades nas áreas de educação, reabilitação, médica, psicossocial, dentre outros imprescindíveis para o seu desenvolvimento cognitivo, social e psicomotor, e viviam à margem da sociedade onde imperava o preconceito e a discriminação sob os auspícios de um grupo de empresários, grupo de assistentes sociais da Universidade Federal do Maranhão, coordenado pela então primeira dama do estado, Sra. Eney Tavares Neiva de Santana.
Um trabalho incansável do casal e de um grupo de pais, o professor Expedito atuou como voluntário na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Luís (APAE), entidade que presidiu, posteriormente, por 10 anos (1976-1986).
À frente da APAE seu trabalho foi sempre voltado para a inclusão da pessoa com deficiência na sociedade, visando colocá-la como elemento positivo no processo social.
Em 1972 fundou-se a Escola Eney Santana, com o objetivo de oferecer atendimento educacional formal para as crianças e jovens com deficiência que não tinham acesso a outros espaços em São Luís, o que era uma necessidade para aqueles familiares que por isso buscaram implantar a área educacional na APAE de São Luís.
Destaca-se, que um dos objetivos da escola, constante no seu projeto pedagógico, constitui em oferecer uma educação fundamentada no respeito à diversidade humana, na valorização da capacidade das pessoas com deficiência intelectual ou múltipla e na geração de oportunidades concretas de aprendizagem significativa proporcionando a inclusão escolar e social, com qualidade e responsabilidade.
Posteriormente, em 1973 com a iniciativa da primeira dama de Coroatá – MA a Sr. Terezinha de Jesus Vilanova Frazão e grandes representantes da época uniram-se para inserir a escola de ensino especial, pois o número de crianças com deficiência aumentava de forma gradativa na cidade. Deste modo, reuniram-se com a finalidade de estabelecer critérios sobre a organização e a estrutura da escola de acordo com o Estatuto das Apaes. O grupo de fundação contemplou a participação dos familiares do movimento como prioridade, destacando a necessidade de Coroatá ter uma escola que promova e articula ações de defesa dos direitos das pessoas com deficiências intelectual e múltipla na perspectiva da inclusão social.
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Coroatá nasceu no dia 16 de março de 1973, no salão do Centro de Formação Paroquia, com o apoio de 21 associados em prédio alugado tendo como objetivo promover a atenção à pessoa com deficiência. Em seguida, dia 14 de abril de 1973, no salão da Antiga Escola Domestica (Santa Isabel), ocorreu a cerimônia de fundação da Escola de Ensino Especial, nomeada como “Escola Terezinha Vilanova Frazão” mantida pela APAE de Coroatá – MA. O nome se deu para homenagear à 1° dama do município, com objetivos educacionais e adoção de cursos que se tornam necessários de acordo com as disposições gerais dos Estatutos que disciplinam o funcionamento da escola.
Atendendo crianças, jovens e adultos com deficiência intelectual e múltipla do município.
Então, no dia 22 de maio de 1995, reuniram-se na sede da APAE de São Luis-MA, os Presidentes das APAEs de Caxias, Coroatá, Imperatriz e da Capital Maranhense, além do Presidente da Federação Nacional das APAEs na época, Sr. Flávio Arns, e os Presidentes das Federações Estaduais das APAEs de Amazonas, Bahia, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Rondônia. Naquela ocasião, o Sr. Expedito Alves de Melo, tornou-se o primeiro Presidente da Federação das APAES do Estado do Maranhão. Também fizeram parte do Conselho Deliberativo da FEAPAES-MA representantes das APAEs de Açailândia e Santa Inês.
Logo após o mandato do Sr. Expedito Alves de Melo, também assumiram a Presidência da FEAPAES-MA, Sra. Isabel Carvalho Magalhães, Sra. Conceição de Maria Correa Viegas, Sr. Sérvulo Miranda Lima, Sr. Jeronimo Ferreira Cavalcante Lima e Sra. Milka Luciana Bastos Lima.
Atualmente, o Presidente da FEAPAES-MA, Sr. Enilson do Nascimento Santos, cujo mandato caracterizou-se pelo fortalecimento das atividades de orientação e assessoramento das entidades filiadas, assim como o apoio para captação de recurso. Ademais, fora realizado editais para auxiliar as APAEs no Estado do Maranhão como aquisição de notebooks e impressoras e materiais para melhoria dos ambientes das APAEs, assim como a entrega de cadeira de rodas aos assistidos das APAEs.
Todos estes Presidentes contribuíram para a ampliação e desenvolvimento do Movimento Apaeano no Estado do Maranhão que hoje conta com 72 (setenta e duas) entidades filiadas que trabalham principalmente nas áreas de defesa e garantia de direitos, educação, assistência social e saúde.